sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Formis, o mestre dos elementos



- Voxi! Traz a malta, temos uma surpresa para o chefe…
            Formis estava demasiado cansado para lutar e o seu braço já tinha voltado ao normal. Mais valia entregar-se.
            Depois de ser amarrado, Formis foi levado para uma enorme sala, onde, no seu centro, se encontrava um enorme trono, onde estava sentada uma enorme lagarta com uma espada ainda maior do seu lado direito. Parecia um excelente espadachim e um adversário à altura de qualquer um. A sua armadura era de uma azul simplesmente magnífico e estava muito bem tratada. Formis achou que aquele era o rei dos estranhos seres, e que seria extremamente difícil derrotá-lo, mesmo com o lança-chamas.
            - Oh grande e poderoso Oli, trazemos à tua humilde presença este estranho que encontrámos no local dos ovos. – disse um guarda enquanto punha Formis diante do seu rei.
            - Quem és tu forasteiro? – perguntou Oli. A sua voz era ainda mais fria e assustadora que a dos seus guardas.
            Formis engoliu em seco e contou a sua história ao rei lagarta, tentando convencê-lo que só conseguiria a pedra para a sua missão caso ele aceitasse a paz com os habitantes de Polaris.
            - E porque haveria eu, um servo do Mal, querer devolver a paz a Solarys?
            - Servo do Mal? – perguntou Formis.
            - Sim miúdo, a origem de toda a escuridão, ou Mal, como gosta que lhe chamem, deu-me uma enorme fonte de rendimento. Vendo-lhe os meus melhores soldados, para uma demanda parva pelas pedras de que falaste. Não acredito em nada disso mas, para mim, é dinheiro fácil.
            Formis teve um arrepio ao ouvir aquilo. Havia alguém, para além dele, atrás das pedras lendárias, ainda por cima alguém mau e com recursos. Quantas pedras já teria o seu inimigo conseguido? Quão grande seria o seu poder?
            - Levem-no para a sala de detenção. Aliás Voxi, como vão as coisas na sala das máquinas?
            - Muito bem senhor, os motores não têm sobreaquecido.
            - Ótimo. – disse Oli, dando uma gargalhada que arrepiou Formis.


            A cela para a qual foi atirado era escura e cheirava mal, mas a única coisa em que Formis pensava era em escapar àquele sítio e destruí-lo entretanto. Já tinha elaborado muitos planos para destruir a gruta, mas ainda não sabia como sair dali. Seria fácil derreter a porta da cela com o lança-chamas, mas escapar do buraco era outra história. Um barulho estranho desviou a sua atenção para a porta principal.
            - A saída dos caçadores está pronta! – gritou a lagarta que estava à porta.
            Foi então que lagartas carregadas com enormes arcos e aljavas cheias de setas saíram para o exterior da gruta. Formis acabava de encontrar o seu bilhete de saída. Mas como iria ele passar pelos guardas? Havia de arranjar uma maneira.
            Anoiteceu e os guardas foram dormir. Formis não perdeu mais tempo. Ativou o lança-chamas e derreteu as barras da cela. Felizmente, os guardas que o vigiavam não deram por nada. Andando silenciosamente pela gruta à procura de algo que ajudasse a sua fuga, deparou-se com uma placa que dizia “Sala das Máquinas”.
            - Deve ser aqui que estão os motores, não me posso esquecer onde fica ou o meu plano não resulta.
            Hei Formis! Estou a sentir a presença de um dos meus irmãos, e está perto… é o Electro Master!
            O quê? Onde está ele?
            Só sei que está perto. Temos de encontrá-lo!
            Formis começou a deambular pelos corredores junto à sala das máquinas, até que chegou a uma porta que dizia “Oli”.
            - Deve ser o quarto dele.
            A pedra está lá dentro, Formis! Consigo senti-la!

***

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