terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Formis, o mestre dos elementos

Novos amigos
 
Já anoitecia quando Formis chegou ao local indicado pelo ancião, mas achou estranho não ver qualquer sinal dos monstros, pois estava demasiado silencioso para um local ao qual o ancião chamara “super perigoso”.
         - Talvez estejam a dormir – concluiu. – Amanhã pedirei uma audiência ao chefe das lagartas. Se não aceitar a diplomacia vou ter de…
         - Oh, vá lá! Esperei milhares de anos por alguma ação e agora dizes que queres diplomacia?! Estás a brincar comigo, certo? – interrompeu Focus Master, saindo da sua pedra com ar zangado.
         - Calma, amigo. Nunca disse que não ia haver ação. Duvido que nos deixem entrar, por isso acho que vou precisar de ti.
         - Boa! Vamos lá! Mal posso esperar para…
         - Dormir. – desta vez foi Formis que interrompeu. – Amanhã procuraremos as lagartas, está muito escuro agora.
         - Hum… Está bem…
         Estava uma linda manhã quando Formis acordou e olhou para os pássaros que voavam em bando, enquanto os ouvia cantar uma bela melodia. Custava-lhe pensar que um sítio tão bonito pudesse ser perigoso. Pegou nas suas coisas e continuou a avançar.
         Depois de andar meia hora, apercebeu-se de que não iria encontrar nada se continua-se assim.
         - Tenho de pensar. Onde é que se esconderia uma lagarta? Provavelmente numa árvore, mas uma lagarta do além? Hum…
         Procedeu a caminhada até que, de repente, o chão cedeu sobre os seus pés e deu por si a cair no abismo.
         - Focus Master ajuda-me! – gritou em pânico.
         O espírito saiu da sua pedra:
         - O que queres que faça? Não posso fazer nada quanto a quedas, sou o espírito do fogo! – foi então que teve uma ideia flamejante. – Já sei! – disse, retornando à sua pedra e entrando no corpo de Formis.
         A habitual comichão passou e o lança-chamas apareceu.
         - É isso! – disse Formis, apontando para o precipício sem fim. – Ativar!
         Uma torrente de chamas saiu do braço de Formis, começando a abrandar a queda. Formis estava salvo! Mas o seu braço não estava habituado a tanta potência e começou a ceder, e Formis ainda não via o fundo do abismo. Tentou aguentar o seu braço, quando começou a distinguir um brilho esverdeado vindo do precipício. Seria o fundo? Formis não aguentou mais. Perdeu a força no seu lança-chamas. Dirigia-se para o fundo onde estavam pedras verdes, que pareciam capazes de partir uns quantos ossos. Caiu.
         - Mas… isto é mole! Que pedras tão estranhas… mas ao menos ampararam-me a queda.
         - Estava a ver que não nos safávamos! – disse Focus.
         - Também eu amigo! Bem a gruta está cheia de pedras verdes… e se for aqui a gruta das lagartas do além?
         - Vamos lá descobrir. – disse uma voz fria e arrepiante atrás deles.
         Quando se viraram, viram uma enorme lagarta cinzenta, cujas patas pareciam foices, prontas a atacar. Possuía ainda duas enormes mandíbulas e uma armadura cintilante dourada. Formis deduziu que fosse um guarda da gruta. Se havia guardas, havia alguém a mandar neles.

***

 


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