“A ajuda chegou!”
-Para que reino irei primeiro? –
questionava-se Formis, enquanto segurava no mapa. – Krakan, Polaris e Verux são
os que ficam mais perto de acordo com o mapa do avô.
Enquanto pensava, deparou-se com uma
placa de madeira, deteriorada pelo tempo e repleta de pequenas ervas.
-“Polaris” – leu. – Acho que já me
decidi.
Quando chegou à cidade, reparou que
esta era uma floresta, protegida por uma enorme e impenetrável parede de
espinhos. Foi então que sentiu a temperatura do seu bolso aumentar. Retirou,
rapidamente, a pequena pedra do bolso e reparou que esta cintilava com um
brilho flamejante.
Foi nesse momento que saiu da pedra
um espírito laranja, bem parecido com Formis.
- Olá, Formis. – disse o espírito. –
Muito prazer em conhecer-te meu libertador e, agora, meu novo mestre.
-Quem és tu? – gaguejou Formis, não
sabendo se estava assustado ou espantado.
- Eu sou o espírito do elemento
fogo. Estive aprisionado nesta pedra durante milhões de anos, assim como os
meus irmãos que ainda devem estar presos nas outras pedras lendárias. Não é que
não goste da minha casa, mas imagina o que é passar tantos milénios num espaço
fechado, ainda por cima um claustrofóbico como eu! Mas adiante… apenas saí
porque tens um problema que eu posso resolver. Observa.
Foi então que o espírito retornou
para a pedra. Esta, ficou suspensa no ar e, de repente, penetrou no interior de
Formis. Este começou a sentir uma pequena comichão no seu braço esquerdo,
quando, sem aviso, o seu braço se transformou num imponente lança-chamas.
- Uau! – exclamou – Mas o que me
aconteceu?
- Fui eu! Entrei no teu corpo e
dei-te o meu poder do fogo. Agora apenas tens de pensar em activar o
lança-chamas que eu farei a minha magia.
Formis ficou espantado com o que
ouvira e ainda mais quando se apercebeu de que o espírito do fogo falara
através da sua mente.
Apontou então o seu novo membro para
a parede de espinhos e gritou:
-Activar lança-chamas!
Nesse instante, um enorme jorro de
fogo saiu do seu braço e erradicou a poderosa proteção da floresta.
- Agora passa rapidamente antes que
voltem a crescer!
Assim fez e, um minuto depois da sua
passagem, a grandiosa muralha vegetal erguia-se de novo em direcção aos céus.
-Obrigado! – disse Formis.
A pedra saiu então do seu interior e
o seu braço voltou ao normal.
Com o seu novo amigo e um crescente
nervosismo por entrar num lugar tão assustador e escuro, o nosso herói seguiu
em frente, sem fazer qualquer ideia do que o esperava.
Miguel Francisco, 9ºA
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