sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Formis, o mestre dos elementos


A pedra amarela entrou dentro de Formis e este começou a sentir uma enorme vontade de correr. Formis podia agora mover-se à velocidade da luz!

         Foi em direção à porta principal, que estava aberta, tal como planeado, pois as lagartas que tentaram escapar abriram-na.

         Formis passou por ela como um relâmpago e pôs-se a milhas da gruta.        

         Quando chegou à superfície, apenas teve tempo de se virar e ver o resultado do seu trabalho.

         Uma enorme explosão ocorreu onde outrora fora a gruta das lagartas. Formis voltou ao local da explosão para se certificar de que não havia sobrado nada. Quando lá chegou encontrou uma enorme cratera e na sua periferia, a espada de Oli. Cravou-a no chão, fazendo assim uma sepultura honrada a um grande povo, que sofrera pelas decisões egoístas do seu rei.

         Dirigiu-se para Polaris e contou ao ancião o sucedido, tendo como prova a pedra amarela.

         - Muito obrigado, jovem. Devolveste a paz à nossa aldeia. Leva esta pedra. Ser-te-á útil. Mereceste-a.

         E dito isto saiu de Polaris.

         Formis estava radiante. Não só tinha devolvido a alegria aquela aldeia, como tinha conseguido duas novas pedras. Agora, restava saber que poder oculto teria o seu amigo da pedra verde.

 
         - Amigos! – gritou uma figura alta e macabra, cuja cara estava tapada pela sombra do alpendre do lugar onde se encontrava. – O vosso rei, Oli, foi morto, assim como as vossas famílias e lar. Lamento profundamente as vossas perdas, mas sei quem foi o culpado. Um tal de Formis, que também é humano. Ele planeia vir atrás de vocês agora, para dizimar a vossa espécie.

         - Iremos vingar o nosso lar e famílias! Não temos medo desse Formis! – gritou uma lagarta grande e cinzenta do meio das restantes, que assentiram com um poderoso “sim!”.

         O homem retirou-se para os seus aposentos enquanto as lagartas saiam do seu pátio de treino, ao encontro do assassino das suas famílias.

         - Não me escapas, Formis… agora que sei quem é o Mestre dos Elementos, será uma questão de tempo até me dares as pedras que possuis, quer queiras, quer não!     

Formis, o mestre dos elementos


Formis entrou e viu o grande rei a dormir profundamente. Junto a uma prateleira cheia de armaduras reluzentes e armas, estava, em cima de uma mesa, a pedra do trovão. Formis aproximou-se e a pedra começou a brilhar, libertando até pequenas faíscas. Quando Formis agarrou na pedra, esta deu-lhe um pequeno choque, e teve de se conter para não gritar. Saiu do quarto enquanto a lagarta gigante roncava.

         Já a tenho Focus! Como a ativo?

         Bem, da mesma maneira que fizeste comigo.

         Formis concentrou-se na pedra, de um amarelo incrivelmente lindo e pensou no nome do seu espírito.

         - Electro Master!

         Foi então que uma enorme luz amarela saiu da pedra e, com ela, mais um espírito semelhante a Formis, mas desta vez amarelo.

         - Sabe bem esticar as pernas depois de tantos anos! – gritou o espírito amarelo.

         - Chiu! Não fales alto, bolas como é bom ver-te. Dá cá um abraço! – comoveu-se Focus, abraçando o irmão.

         - O mesmo digo eu mano. Então este é o Mestre dos Elementos?

         - Sim, sou eu! – sorriu Formis.

         - Obrigado amigos, salvaram-me mesmo a tempo, ia ser entregue ao Mal amanhã de manhã.

         - Sabes alguma coisa sobre ele? – perguntou Formis.

         - Apenas a sua alcunha. Vá lá vamos sair daqui.

         - Eu tenho um plano – disse Formis, começando a explicar tudo ao novo amigo.

         - Eu posso ajudar! – disse Electro.

         - Boa, vamos a isto. Finalmente alguma ação. – disse Focus.

         Dirigiram-se de novo à “Sala das Máquinas” onde prosseguiram com o plano.

         - Ativar lança-chamas!

         Focus fez a sua magia habitual e logo o poderoso arsenal de Formis apareceu. Este começou a lançar fogo para os motores da máquina de extração mineira, que rapidamente começaram a sobreaquecer todas as máquinas circundantes. O alarme disparou e acordou todos.

         Estes, quando se aperceberam do que aconteceu, começaram a correr para à porta principal, mas não eram lá muito rápidos e os motores estavam prestes a explodir.

         Formis continuou a aquecer a sala, quando Oli chegou com a sua espada desembainhada e pronta para atacar.

         - Seu fedelho estúpido! Podes acabar connosco, mas não conseguirás sair daqui vivo!

         - Eu não tinha tanta certeza.

         Quando os motores estavam prestes a explodir, Formis grito:

         - Agora Electro!

***

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Formis, o mestre dos elementos



- Voxi! Traz a malta, temos uma surpresa para o chefe…
            Formis estava demasiado cansado para lutar e o seu braço já tinha voltado ao normal. Mais valia entregar-se.
            Depois de ser amarrado, Formis foi levado para uma enorme sala, onde, no seu centro, se encontrava um enorme trono, onde estava sentada uma enorme lagarta com uma espada ainda maior do seu lado direito. Parecia um excelente espadachim e um adversário à altura de qualquer um. A sua armadura era de uma azul simplesmente magnífico e estava muito bem tratada. Formis achou que aquele era o rei dos estranhos seres, e que seria extremamente difícil derrotá-lo, mesmo com o lança-chamas.
            - Oh grande e poderoso Oli, trazemos à tua humilde presença este estranho que encontrámos no local dos ovos. – disse um guarda enquanto punha Formis diante do seu rei.
            - Quem és tu forasteiro? – perguntou Oli. A sua voz era ainda mais fria e assustadora que a dos seus guardas.
            Formis engoliu em seco e contou a sua história ao rei lagarta, tentando convencê-lo que só conseguiria a pedra para a sua missão caso ele aceitasse a paz com os habitantes de Polaris.
            - E porque haveria eu, um servo do Mal, querer devolver a paz a Solarys?
            - Servo do Mal? – perguntou Formis.
            - Sim miúdo, a origem de toda a escuridão, ou Mal, como gosta que lhe chamem, deu-me uma enorme fonte de rendimento. Vendo-lhe os meus melhores soldados, para uma demanda parva pelas pedras de que falaste. Não acredito em nada disso mas, para mim, é dinheiro fácil.
            Formis teve um arrepio ao ouvir aquilo. Havia alguém, para além dele, atrás das pedras lendárias, ainda por cima alguém mau e com recursos. Quantas pedras já teria o seu inimigo conseguido? Quão grande seria o seu poder?
            - Levem-no para a sala de detenção. Aliás Voxi, como vão as coisas na sala das máquinas?
            - Muito bem senhor, os motores não têm sobreaquecido.
            - Ótimo. – disse Oli, dando uma gargalhada que arrepiou Formis.


            A cela para a qual foi atirado era escura e cheirava mal, mas a única coisa em que Formis pensava era em escapar àquele sítio e destruí-lo entretanto. Já tinha elaborado muitos planos para destruir a gruta, mas ainda não sabia como sair dali. Seria fácil derreter a porta da cela com o lança-chamas, mas escapar do buraco era outra história. Um barulho estranho desviou a sua atenção para a porta principal.
            - A saída dos caçadores está pronta! – gritou a lagarta que estava à porta.
            Foi então que lagartas carregadas com enormes arcos e aljavas cheias de setas saíram para o exterior da gruta. Formis acabava de encontrar o seu bilhete de saída. Mas como iria ele passar pelos guardas? Havia de arranjar uma maneira.
            Anoiteceu e os guardas foram dormir. Formis não perdeu mais tempo. Ativou o lança-chamas e derreteu as barras da cela. Felizmente, os guardas que o vigiavam não deram por nada. Andando silenciosamente pela gruta à procura de algo que ajudasse a sua fuga, deparou-se com uma placa que dizia “Sala das Máquinas”.
            - Deve ser aqui que estão os motores, não me posso esquecer onde fica ou o meu plano não resulta.
            Hei Formis! Estou a sentir a presença de um dos meus irmãos, e está perto… é o Electro Master!
            O quê? Onde está ele?
            Só sei que está perto. Temos de encontrá-lo!
            Formis começou a deambular pelos corredores junto à sala das máquinas, até que chegou a uma porta que dizia “Oli”.
            - Deve ser o quarto dele.
            A pedra está lá dentro, Formis! Consigo senti-la!

***

Dia do Agrupamento 2012/2013

No dia 15 de novembro de 2012, e cumprindo a tradição, celebrou-se o dia do Agrupamento de escolas João da Rosa. Foi um dia repleto de atividades e convívio salutar entre todos os elementos da comunidade educativa. Aqui fica o testemunho em imagens.
Clica no link:
 
Álbum dia do Agupamento 2012/2013

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Formis, o mestre dos elementos

Novos amigos
 
Já anoitecia quando Formis chegou ao local indicado pelo ancião, mas achou estranho não ver qualquer sinal dos monstros, pois estava demasiado silencioso para um local ao qual o ancião chamara “super perigoso”.
         - Talvez estejam a dormir – concluiu. – Amanhã pedirei uma audiência ao chefe das lagartas. Se não aceitar a diplomacia vou ter de…
         - Oh, vá lá! Esperei milhares de anos por alguma ação e agora dizes que queres diplomacia?! Estás a brincar comigo, certo? – interrompeu Focus Master, saindo da sua pedra com ar zangado.
         - Calma, amigo. Nunca disse que não ia haver ação. Duvido que nos deixem entrar, por isso acho que vou precisar de ti.
         - Boa! Vamos lá! Mal posso esperar para…
         - Dormir. – desta vez foi Formis que interrompeu. – Amanhã procuraremos as lagartas, está muito escuro agora.
         - Hum… Está bem…
         Estava uma linda manhã quando Formis acordou e olhou para os pássaros que voavam em bando, enquanto os ouvia cantar uma bela melodia. Custava-lhe pensar que um sítio tão bonito pudesse ser perigoso. Pegou nas suas coisas e continuou a avançar.
         Depois de andar meia hora, apercebeu-se de que não iria encontrar nada se continua-se assim.
         - Tenho de pensar. Onde é que se esconderia uma lagarta? Provavelmente numa árvore, mas uma lagarta do além? Hum…
         Procedeu a caminhada até que, de repente, o chão cedeu sobre os seus pés e deu por si a cair no abismo.
         - Focus Master ajuda-me! – gritou em pânico.
         O espírito saiu da sua pedra:
         - O que queres que faça? Não posso fazer nada quanto a quedas, sou o espírito do fogo! – foi então que teve uma ideia flamejante. – Já sei! – disse, retornando à sua pedra e entrando no corpo de Formis.
         A habitual comichão passou e o lança-chamas apareceu.
         - É isso! – disse Formis, apontando para o precipício sem fim. – Ativar!
         Uma torrente de chamas saiu do braço de Formis, começando a abrandar a queda. Formis estava salvo! Mas o seu braço não estava habituado a tanta potência e começou a ceder, e Formis ainda não via o fundo do abismo. Tentou aguentar o seu braço, quando começou a distinguir um brilho esverdeado vindo do precipício. Seria o fundo? Formis não aguentou mais. Perdeu a força no seu lança-chamas. Dirigia-se para o fundo onde estavam pedras verdes, que pareciam capazes de partir uns quantos ossos. Caiu.
         - Mas… isto é mole! Que pedras tão estranhas… mas ao menos ampararam-me a queda.
         - Estava a ver que não nos safávamos! – disse Focus.
         - Também eu amigo! Bem a gruta está cheia de pedras verdes… e se for aqui a gruta das lagartas do além?
         - Vamos lá descobrir. – disse uma voz fria e arrepiante atrás deles.
         Quando se viraram, viram uma enorme lagarta cinzenta, cujas patas pareciam foices, prontas a atacar. Possuía ainda duas enormes mandíbulas e uma armadura cintilante dourada. Formis deduziu que fosse um guarda da gruta. Se havia guardas, havia alguém a mandar neles.

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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Assim se faz uma árvore JR!


Época por excelência da solidariedade, o Natal veste-se de cores, pontinhos de luz coloridos, tradições, doces e mesas repletas de iguarias e gentes. De toda a panóplia de apetrechos, luzes e adornos que caracteriza esta mimosa época festiva, destaca-se a figura emblemática da árvore de Natal que, entre guirnaldas, bolas, estrelas e outros afins, vem dar corpo a uma das mais populares tradições associadas a esta época festiva. Pinheirinho verdadeiro ou árvore artificial, chega-se a esta época e rara é a criança que, com um discurso lacrimejante e cheio de argumentos, agarrada às calças do pai ou à saia da mãe, não pede o seu exemplar. Pequenas, grandes, coloridas q.b., luminosas, simples, há para todos os gostos e feitios e tão famosa é a sua existência que foi alvo de uma sátira do Ricardo Araújo na sua habitual “Mixórdia de Temáticas”.

Não querendo tirar o justo brilho de famosas árvores de Natal como a de Trafalgar Square, em Londres, ou a árvore flutuante do Rio de Janeiro, a luxuosa árvore de Tóquio (toda feita de ouro), a gigantesca árvore que marca a abertura do mercado de Natal em Estrasburgo ou ainda a atualíssima árvore tecnológica lisboeta, o Agrupamento João da Rosa, pelas mãos dos seus alunos e professores, imbuiu-se do espírito natalício e concretizou uma original, ecológica e sugestiva árvore de natal. 

A árvore, paulatinamente construída, contou com diferentes fases e artífices. A ideia saiu da coordenadora do Departamento de Expressões, a professora Manuela Matias que desenhou e esquematizou o croqui do projeto. Depois foi o “mãos à obra “. O professor António Lampreia, com os alunos da Educação Especial, iniciou a obra com a realização da base, procedendo à sua soldadura, de forma a permitir a sustentação do esqueleto da árvore. Posteriormente, a turma CEF Operador de Manutenção Hoteleira (OMH), sob a coordenação e supervisão do professor Luís Cabrita, procedeu à construção da estrutura metálica da peça. Este trabalho exigiu concentração, dedicação e o desenvolvimento de competências técnicas da área deste curso. Aqui ficam alguns comentários de teor técnico do professor Luís Cabrita quando o inquiri sobre este trabalho. Respondendo à questão sobre as diferentes fases deste projeto, começou por esclarecer que tudo começou na base, no suporte da peça: Primeiramente temos a base que é formada com tubos de cantoneira vindos da secundária, ou seja, um material que foi totalmente recuperado. Seguiu-se posteriormente a estrutura propriamente dita da árvore. A esta fase, acrescentou, e depois de tudo preparado e soldado, seguir-se-á a fase da pintura. Terminada a pintura da obra, com a colaboração de professores do 2º ciclo, nas disciplinas de Educação Tecnológica e E.V., os alunos irão trabalhar o tema da reciclagem e irão fazer trabalhos alusivos ao Natal, ou seja, com pacotes de leite, garrafas de sumos e águas, os alunos construirão objetos como estrelas, bolas de natal, etc.

Quando questionado sobre as competências ao nível técnico desenvolvidas pelos formandos OMH, o professor enunciou atividades como serrar, soldar, pintar e destacou sobretudo as tarefas que implicaram destreza no manuseamento de equipamentos. Abordou ainda algumas atividades práticas como a medição, traçagem de linhas perpendiculares, utilizando o riscador e esquadro metálico e o serrote de ferro, explicando que, naquele momento, os alunos se encontravam na fase da soldadura em arco utilizando os eletrodos. Desta fase de construção da árvore (base e estrutura), ficam as fotos para mais tarde recordar.

 

Depois de construídas a base e a estrutura da árvore, pequenos e graúdos do 2º ciclo passaram à fase do embelezamento. Os professores Manuela Matias, Paula Gomes, Elisabete Mendonça e Paulo Rodrigues, com as suas turmas e ainda com os alunos integrados no projeto “Aprender com a Diferença”, executaram, a partir de objetos reciclados como pacotes de leite e de sumo, sobras de materiais de papel e outros, vários adereços, como bolas, estrelas, laçarotes, sininhos, recuperando e dando de novo vida a estes materiais.

E assim, em tempos economicamente complicados, aqui fica uma simples lição de que, com o material que possuímos, podemos criar, dar asas à imaginação e, com algum empenho, espírito de grupo e um belo sorriso no rosto, podemos construir materiais bem bonitos e ecologicamente sustentáveis. Pessoalmente gostei muito da árvore. Pela árvore em si e pelo saudável e concertado contributo de muitas mãos, muitos olhares, muitos minutos passados em volta de um projeto comum, enfim, pelo espírito natalício que, felizmente, ainda vai sobrevivendo, com maior ou menor intensidade, no nosso interior. Que, pelo menos, as crianças, vivam o Natal com a alegria que transparece das cores do pinheirinho e que nós, professores, com estas iniciativas, não deixemos apagar esta centelha de luz natalícia.

 

Festas felizes!

Mónia Mesquita.
















 

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Corta-mato escolar

No dia 15 de novembro na parte da manhã, realizou-se o corta-mato Escolar (Desporto Escolar), atividade que fez parte da festa de comemoração do Dia do Agrupamento. No total participaram 262
atletas, com idades compreendidas entre os 7 e os 16 anos. A enorme adesão dos alunos do Agrupamento de Escolas João da Rosa, nomeadamente os do 1ºCiclo, superou todas as expetativas. Esta prova desportiva constituiu um grande êxito. Foram vencedores nos seus escalões etários os alunos: Diogo Martins do 5ºB( Inf A masc); Beatriz Sabino do 4º B da Cavalinha (INF A fem); Nicole Bento do 7ªB (INF B fem); Miguel Xabregas, do 7ºB ( INF B masc.); Mariana Vieira do 8ºano (Iniciados fem); Joel Fernandes do 7ºA (Iniciados masc); Cláudia Conceição do 9ºC (Juvenis fem) e Álvaro Cesário da turma OMH. Parabéns aos vencedores e a todos os participantes. Os cinco primeiros classificados de cada escalão estão apurados para o Corta-mato Concelhio, que se irá realizar no dia 10 de janeiro nos Pinheiros de Marim.